quinta-feira, dezembro 22

As posturas chaves do yoga




Vocês não vão acreditar: ganhei de presente de aniversário o volume II daquele livro de anatomia que foi lançado a pouco tempo (vide 28/09/11 "Os músculos chave do yoga").
A parte teórica tem uma linguagem simples de entender e as ilustrações são impecáveis.
Por conta disso, a maioria das informações é visual e tridimensional.

"Praticar yoga é uma exploração de nossos próprios corpos. Tenha em mente que há diversas interpretações das posturas. Também existem variações posturais dependendo do tipo de yoga e da experiência do praticante. Aproveite sua prática e procure pelas interpretações que lhe são "melhores". Descubra o que funciona para você para abrir a porta de sua experiência individual no yoga."


segunda-feira, dezembro 19

108 suryas especiais


Nesse fim de semana teve 108 suryas na escola.
Ofereci meus "suryas" a Pedro e Valentina, com a mais nobre intenção de poder desfrutar de muuita energia e vitalidade para poder acompanhá-los ao longo desse crescimento.
Foi uma prática tranquila, com paradas estratégicas e um ótimo direcionamento.
Quando me inscrevi pensei que seria um grande desafio, já que voltei as aulas há apenas 1 mês.
Mas, na minha atual situação, desafio mesmo é criar essas duas criaturinhas lindas do universo.
Isso torna os 108 suryas um "descanso" até. Haja pique! rs



Pedro e seu topete
Valentina e sua chupeta



quinta-feira, dezembro 15

Iyengar: lenda viva


Ontem foi aniversário do Iyengar, ele completou 93 anos. Que máximo!
Segue uma entrevista on line da Yoga Journal sobre o  livro "Luz na vida", um dos meus preferidos.

"Se os alunos tiverem paci­ência, tolerância e persistência, sentirão os estágios da iluminação gradualmente. Mas se pularem fases, acho que podem perder o que teriam a ganhar na hora certa."



Yoga Journal Brasil Espaço Yogi No tapetinho com... Lenda viva

quinta-feira, dezembro 8

Redescobrindo os asanas



Eu havia comentado que poderia escrever um “tratado” sobre a minha volta a prática.
Lógico que exagerei, um tratado é coisa de mais. rs
Mas, uma “série” acho que vai rolar, pois conforme ando pesquisando alguns asanas com os quais estou tendo dificuldades, estou descobrindo e redescobrindo muitas coisas.
É muito legal quando se tem um foco. A gente sabe o que e onde procurar.
No meu caso, o foco se chama trikonasana (postura do triângulo).
Agora entendi porque existe até um livro* sobre trikonasana (que eu ainda não li).
Ele é um asana muito difícil, qualquer encurtamento, seja nas pernas, na bacia ou na coluna, limita sua execução.
Nessas duas semanas ele está sendo meu principal alvo de observação, pois como na hatha yoga não se usam acessórios (uma cadeirinha resolveria meus problemas), tô tendo que me virar. rs


utthita trikonasana (triângulo estendido)

*Alpha and Omega of trikonasana escrito pelo Prashant, filho do Iyengar 

terça-feira, dezembro 6

"Elaborando as experiências"



Ontem na aula, a professora comentou que havia lido uma entrevista feita a um psiquiatra na qual perguntaram o porquê, na opinião dele, as pessoas estavam tomando tanto anti depressivo, ansiolíticos e outros remédios desse tipo.
Ele respondeu que as pessoas andam sem tempo de elaborar suas experiências, não sabem se estão tristes ou alegres porque tem sempre que seguir em frente muito rapidamente, enfim não conseguem parar.
Aí o tempo vai passando nessa mesma situação e elas acabam precisando de ajuda.
Depois do nascimento dos bebês, a gente vive meio que anestesiada, ás vezes até com medo de sair de casa e tudo mais, bem nessa situação de não conseguir elaborar nada.
Por indicação da minha obstetra, cheguei a tomar por 2 meses, um tipo de anti-depressivo “fraquinho”, desses que não precisa nem de receita especial e cujo um dos efeitos colaterais era aumentar a produção de leite (coisa boa!).
A depressão pós-parto deve ser dureza e eu preferi nem arriscar.
Bom, nessa questão de “elaboração” acho que a yoga e o Feldenkrais são muito eficientes.
Uma pela questão da contemplação da respiração e a outra pela contemplação do movimento em si. 
E ambas, claro, pela consciência do todo, que ajudam a desenvolver.
Pra mim existem dois asanas chaves pra esse fim: tadasana (postura da montanha) e savasana (postura do morto).
E eu até incluiria balasana (postura da criança) e as posturas passivas, mas acho que nem precisa.


savasana



"A pele que habito"

Almodóvar sempre surpreendendo...
No seu novo filme (A pele que habito), uma estória muito interessante, bizarra e maluca, conseguimos encontrar uma bela apresentação de yoga.
No começo, aparece a personagem fazendo umas posturas no sofá, meditando e tal.
Bom, até aí em todo filme tem sempre alguém fazendo yoga ou pilates. Isso já virou praxe.
Porém, lá perto do finalzinho, naquele esquema que conta a estória de trás pra frente foi apresentado um texto, que fora do contexto do filme, seria até meio clichê.
Mas, para aquela personagem, naquele momento, ganhou outro peso, um quê especial, que só quem pratica vai entender.
Recomendadíssimo!



Vera / Elena Anaya

quinta-feira, dezembro 1

Ser iniciante


Tá é muito divertida essa minha  "volta às aulas".
Mas, mais do que divertida tá sendo um REaprendizado maravilhoso.
Minhas limitações estão se saindo excelentes mestras.
Apenas uma semana e já tenho observações que dariam um tratado.
Quando a gente pratica e dá aula há muito tempo, se esquece de como é ser iniciante. Inclusive, se esquece até de como dar aula pra um.
Esse era o meu caso... mas até antes de estudar o Feldenkrais, porque depois, me caiu a ficha de que as coisas podem (e devem no caso dos principiantes) serem fáceis de fazer, de acompanhar e de compreender.
Só uma coisa que não tem muito jeito de mudar: é o meu conhecimento prévio.
Ás vezes ele atrapalha um pouco, mas tô conseguindo deixá-lo de lado e ser uma aluna, simplesmente.


segunda-feira, novembro 28

Yoga pós-parto

Logo após o nascimento dos bebês (lembrando que foi cesárea), segui o que mandava o figurino:  pranayama e savasana.
Depois de 2 meses tinha uma sequência "express" para fazer, que era "express" mesmo, durava uns 15 minutos.
Posso contar nos dedos as vezes que consegui praticá-la.
Me faltou: ânimo, disposição e disponibilidade, coisas "pouco" importantes para seja lá o que a gente queira fazer na vida. rs
Bom, depois do sinal verde do meu organismo (meu período menstrual voltou ao normal semana passada), decidi que já tava na hora de dar um chega pra lá no ferrugem e sacudir o esqueleto.
Hoje, me matriculei numa escola aqui perto de casa (de hatha yoga mesmo) e decidi fazer aula pelo menos 3x/ semana.
A "barriguinha" que ainda não se foi, atrapalha as posturas de flexão pra frente. Fora isso, parece que eu nunca fiz alongamento na vida.
Agora, sei como se sentem os sedentários e sei os "acima do peso", porque na gestação (com os 22 quilos a mais) foi impossível ou no mínimo muito sofrido, fazer alguns asanas.
É... aí fico lembrando de todos os alunos que tive nessas condições... não imaginava que era tão difícil.
A cada dia aumentam a vontade e também a necessidade de me preparar para o trabalho, afinal de contas, não dá pra querer cuidar dos outros sem cuidar da gente primeiro.

Meus amores
mais detalhes sobre yoga pós-parto acesse:  http://yogaparamamae.blogspot.com/




segunda-feira, novembro 21

Mentes flexíveis



“Minha intenção não é gerar corpos flexíveis e sim mentes flexíveis. 
Meu objetivo é devolver a cada pessoa sua dignidade humana.”


neurônios

Com a intenção de voltar aos poucos a ativa, escolhi um workshop de Feldenkrais pra começar.
Não podia ter feito opção melhor!
Com os exercícios únicos e uma discussão interessantíssima sobre neuroplasticidade* ganhei meu sábado.
O Feldenkrais é um grande instigador de pesquisa. Adoro esse aspecto do método.
E o mais interessante é como a visão dele é tão "budista"... até mais do que "holística".
Impossível considerá-lo como uma atividade meramente física.



*neuroplasticidade: é a capacidade do cérebro em criar novas conexões neurais, permitindo o processo de contínua aprendizagem.


domingo, outubro 30

"Ofurô" para bebês

É um tipo de balde para bebês.
Dizem que o espaço nesse formato se assemelha ao útero, fornecendo assim um ambiente seguro e familiar para os babies.
Os meus adoram! 
Eles usam desde a primeira semana de vida, pois preferi dar banho no balde ao invés da banheira, que era muito grande.
Depois fui orientada que existem dois tipos de banho: o higiênico (que é pra lavar tudo) e o relaxante (onde eles ficam só curtindo, paradinhos) e que, de preferência, era pra usar o balde para o segundo.
Todo tipo de água acalma os bebês (pelo menos os meus), mas o baldinho é muito especial, dá pra eles se "conhecerem" melhor, sei lá... é muito legal. 


Pedro já pega o pezinho

Valentina fica quietinha

quinta-feira, outubro 27

"Há um buraco na minha calçada"


Essa é a tradução do título do livro de poesias de Portia Nelson (1920-2001) intitulado "There´s a hole in my sidewalk", bastante conhecido no mundo da auto-ajuda.
Vou dizer bem a verdade: não sou muito fã de livros de auto ajuda, mas gosto de poesias!


"Há um buraco na calçada

I
Eu ando pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio dentro.
Estou perdida... Eu sou impotente.
Não é minha culpa.
Demora uma eternidade para encontrar uma saída.

II
Eu ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu finjo que não vejo.
Eu caio de novo.
Eu não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas, não é minha culpa.
Ainda leva muito tempo para sair.

III
Eu ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu vejo que está lá.
Eu ainda caio nele... é um hábito... mas,
meus olhos estão abertos.
Eu sei onde estou.
A culpa é minha
Eu saio imediatamente.

IV
Eu ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu ando ao redor dele.

V
Eu ando por outra rua."



No link abaixo, clicando na capa, é possível ler alguns trechos do livro (em inglês).



terça-feira, outubro 25

Valentina e a Shantala


A experiência de massagem com Valentina foi mais feliz. Mantive a fralda! rsrsrs
Ela estranhou o comecinho mais aos poucos foi cedendo e curtindo, até a hora que ficou meio entediada.
Só consegui fazer a parte da frente por conta disso.
A Shantala começa pelo peito e pelo abdome: as regiões mais expostas e acho que mais delicadas dos bebês (talvez nossa também!).
Dormir de barriga pra baixo é muito aconchegante pra eles, para a minha preocupação e acho que de muitas mães, depois que os médicos praticamente vetaram essa posição.
Hoje em dia, o ideal é dormir de barriga pra cima, pois esta é a posição com menor incidência de SIDS.*

Valentina querendo conversar

* SIDS: sigla em inglês para Sindrome de Morte Subita Infantil



sábado, outubro 22


"Assim como a felicidade, o sofrimento é resultado de uma "prática diária".
Todos os dias a pessoa acorda e pragueja. Trabalha e reclama. Almoça e fala mal de alguém. Volta para casa e lamenta seu dia. É como se ela fizesse uma oração de lamentação 24 horas por dia.
É uma dedicação extraordinária à negatividade. A vida (corpo e mente) reage com precisão a esse estímulo diário.
Por mais que ela não queira sofrer, seus pensamentos, suas palavras e ações dizem o contrário.
Naturalmente, sua realidade será igual àquilo que acredita."


                                                                               Terceira Civilização - setembro 2011

sábado, outubro 8

Pedro e a shantala

Não existe nada melhor do que a nossa própria experiência...
Como havia comentado estava super ansiosa pra fazer shantala nos bebês.
Pois então, eu fiz. Digo, tentei.
Primeiro não deu pra ser como proposto no livro: logo pela manhã antes de mamar.
Isso porque o Pedro não espera um segundo e já acorda se esguelando de fome e como na sequência é indicado dar um banhinho pra depois mamar... forget it!!!
Com a Valentina nem cogitei, pois ela acorda um pouco mais tarde, já na hora de outras atividades, como tomar solzinho.
Aí, lá vou eu numa tarde ociosa na qual só Pedro estava acordado.
Vou para um lugar calmo, ponho um shorts (em mim) e tiro toda roupinha dele, inclusive a fralda.
Pego, por mero acaso, uma fraldinha de pano para apoiar sob a cabecinha dele, pois imagino que deva ser ruim apoiá-la direto na minha canela.
Se não fosse essa fraldinha de pano... rs
Bom, de cara ele começa a chorar, acho que por causa da posição, mas como pessoa otimista que sou continuo o ritual: passo óleo nas mãos e começo a massagea-lo... o chororô continua.
Paciência... converso com ele, tento brincar e de repente sinto algo quentinho nas minhas pernas.
Corro catar a fraldinha debaixo da cabeça pra tampar o piu-piu que tava fazendo xixi.
Fico com dó e desisto da massagem para abraçá-lo.
Sinto um cheirinho... bora lá trocar a fralda de lugar: popozinho... número 2.
Fala sério!!! Comecei a rir sozinha.
Aí eu entendi porque tem que ser antes de mamar...
É... mas, felizmente descobri que podemos fazer as coisas com mais bom senso.
Num dvd que recebi na maternidade, tem uns vídeos de yoga pra bebê, shantala etc.
E aí a nenezinha do vídeo tava com fralda.
Sem contar também que ela deve ter um ano de idade e não 1 mês.
Conclusão: vou fazendo o que chamo de pré-shantala* por enquanto e quando sentir que estamos mais maduros (não só eles, mas eu também) tentaremos novamente.

Pedro tomando sol


*pré-shantala: massagem beeemm simples durante ou logo após o banhinho. 


quarta-feira, setembro 28

Os músculos chave do yoga

Ai, ai, ai... acabei de receber um e-mail divulgando um novo livro de Iyengar Yoga, aliás, dos discípulos do Iyengar.
Apesar de já ter váááários livros de anatomia, fiquei com coceirinha na mão pra comprar esse.
Mas, agora tenho que me conter um pouco, além do que esse é o 1º volume.
Vou esperar pra ver se alguém compra (tipo... Joelma, rsrsrs) aí eu dou uma olhadinha.
Segue a dica:

http://tracoeditora1.enviodenews.com/ver_mensagem.php?id=H|2621|63819|131661636498398900

domingo, setembro 25

Vida de mãe

Como é intensa essa vida... muito intensa...
Nas poucas vezes que consigo me deitar sem estar morrendo de sono, aproveito pra fazer pranayama e aí me dou conta de que nem tava respirando direito. rsrs
É uma doideira!
Haja daimoku*, pranayama e muitos "braços" pra me ajudar.
Noites mal dormidas (principalmente nos fins de semana) e coliquinhas sem hora pra passar...
Mas, tirando isso não tenho do que reclamar, meus filhotes são maravilhosos.
Se é difícil pra mim, imagine então pra eles...
Quando penso nisso, a única coisa que posso fazer é continuar totalmente á disposição.

Valentina olhando pro céu
Pedro brincando como sempre




*daimoku= oração budista

segunda-feira, setembro 12

Ideal x Real

Gosto muito de ler os artigos da Rosely Sayão* na Folha, que são direcionados para pais e educadores.
Semana passada o assunto foi "Família feliz e Família real" e daí me veio na cabeça duas coisas:  o ressurgimento da minha vontade de escrever como idealizamos demais certas coisas que na realidade fogem ao nosso controle e também uma frase de um obstetra (que saiu numa matéria sobre parto na Prana Yoga):
"parto normal é um parto feliz".
Como boa professora de yoga é claro que eu queria ter um parto normal, é claro que eu esperava ter 10 dedos de dilatação (afinal de contas fiz tanta borboletinha e cócoras pra quê?!), é claro que eu achava que meus bebês não teriam cólicas, já que minha alimentação era impecável (rsrs), entre outras coisas.
Meu parto foi do jeito que eu abominava: uma cesárea com dia e horário agendados.
Mas, pra provar que as coisas não estavam sobre o meu controle e nem no controle de ninguém, mas sim da lei universal, aconteceu algo inesperado: a paciente do horário seguinte chegou na hora em que estávamos esperando liberar minha sala. E detalhe: com 8 dedos de dilatação!
Daí, minha médica veio me perguntar se Pedro e Valentina poderiam esperar mais um pouquinho e ceder o horário deles para a nenezinha que tava apressada, rsrs. Claro que cedemos!
Pois é, essa paciente era uma mulher de 40 anos que estava na segunda gestação, sendo que a primeira tinha sido cesárea (ela tinha pavor de parto normal) e a segunda também estava agendada pra ser, mas não foi!
E meu parto não foi "normal" como eu achava que deveria ser, mas foi muito especial, cheio de amor, com direito a platéia ansiosa e tudo.
Realmente não foi como idealizei... foi muito melhor!
Foi um parto maravilhoso e feliz, muuuito feliz!


P.S.: eles tem muita cólica e a minha dieta foi pro espaço.

*Rosely Sayão: psicóloga e autora do livro "Como educar meu filho?"

sexta-feira, agosto 26

Shantala

Na próxima segunda, meus filhotes completarão 1 mês de idade.
Estou empolgada para começar a fazer shantala neles e pelo que li, o indicado é começar depois de um mês.
Uma curiosidade, Shantala não é oficialmente o nome da massagem. Acho que a massagem nem deve ter nome.
Mas, ela foi "batizada" assim pelo médico francês que se encantou ao observar uma mãe indiana acariciando seu filho com uma massagem sequencial.
O nome dessa mãe era Shantala...


"Nos bebês a pele transcende a tudo.
É ela o primeiro sentido.
É ela que sabe.
Como ela se inflama com facilidade em todas as criancinhas!
Erupções, eritemas, pústulas...
Micróbios? Infecção?
Não, não.
Mal tocadas.
Mal apoiadas. Mal cuidadas.
Mal conduzidas.
Mal amadas.
Ah, sim, é preciso dar atenção a esta pele, nutri-la.
Com amor. Mas não com cremes.
Ser levados, embalados, acariciados, pegos, massageados,
constitui para os bebês, alimentos
tão indispensáveis, senão mais, do que vitaminas,
sais minerais e proteínas.
Se for privada disso tudo
e do cheiro, do calor
e da voz
que ela conhece bem,
mesmo cheia de leite, a criança vai-se deixar morrer
de fome."
 Frédérick Leboyer - Shantala Ed. Ground



terça-feira, agosto 16

Que desafio...


Ser mãe é um grande desafio! E ser pai também! O Ma que o diga...
A gente perde nossa identidade quase que por completo. Nem sei mais quem eu era.
A Luciana de 19 dias atrás ficou no passado de vez.
A "nova-eu" está sendo criada a cada instante e sei lá se um dia estará pronta.
Nesse domingo, armando uma força-tarefa com ajuda de babá, mãe e tia, conseguimos sair de casa para ir ao cinema.
Não via a hora do filme acabar. rsrsrs


Valentina e Pedro

domingo, julho 24

Reta final mesmo!!!


Engraçado... é impressionante como os sinais já estão sendo dados: cansaço ao extremo, um pouco de inchaço por conta da retenção de líquidos, digestão alterada, barriga cada vez mais baixa e a intuição de que a hora tá chegando.
Ainda não tô muito preocupada e não sei se isso é bom ou ruim.
Mas, de qualquer forma, prefiro continuar tranquila e deixar o barco correr.
Hoje ganhei um super presente da Kelly, uma amiga que tá fazendo curso de fotografia.
Imagine só: ela me perguntou se eu não gostaria de fazer um ensaio fotográfico com o barrigão.
Logo pra quem?! Nem gosto de tirar foto... rsrsrs
Ficou uma gracinha. Estou esperando ela editar todas, aí farei um álbum para a posteridade.
Mas, já tenho algumas comigo e lógico que não poderia deixar de compartilhar:


uma fungada do maridão

minha sobrinha

sábado, julho 16

Indicação de blog

Segue a indicação de um blog sobre Iyengar Yoga novinho em folha.
É o http://fernandatrindadeyoga.blogspot.com/ da Fe lá do Rio de Janeiro.
Eu a conheci num dos cursos do Faeq aqui em São Paulo e já a admirei por falar o que pensa e acha justo.
No mundo do yoga, parece que existe uma verdade única que nunca pode ser questionada.
E se você questiona ou discorda, já te olham torto.
Espero que isso esteja mudando...
Como estou bem afastada de tudo agora não posso falar  muito.
Ah! O blog tem uma galeria de imagens bem legal.

segunda-feira, julho 4

Contagem regressiva


34 semanas

Estou na reta final da fase 1 da minha aventura de mãe.
Daqui há um mês, estarei conhecendo os rostinhos dos meus filhotes e eles o  meu.
É engraçado pensar que todos somos desconhecidos ainda.
Apesar deles me "conhecerem" no meu íntimo: ouvem as batidas do meu coração, meus sons peristálticos e toda a sinfonia do meu corpo, sentem o que eu sinto, ouvem a minha voz, são influenciados pelos meus hormônios e tudo mais, eles não me conhecem!
Não sabem a cor dos meus olhos, como é o meu sorriso, minhas covinhas, meu cabelo pixaim... rsrsrs
Eu até tô achando bom não conseguir tirar aquelas fotos em 3D quando faço ultrassom, pois eles estão com os rostinhos virado para as minhas costas. Acho até que é de propósito! rs
Fica mais justo assim, a surpresa será de ambos os lados...

terça-feira, junho 21

Uuuufa!!!

32 semanas
Olha essa barriga que não para de crescer (ainda bem!!!!).
Já engordei 16 kg e cada um dos bebês está com 2kg. Grandinhos e saudáveis. Isso é o que importa.
Agora meus olhinhos de japonês, cara de bolacha, cabelo descabelado, sono e fome 24hs por dia, são só detalhes. rsrsrs
Já sinto necessidade de repousar pra valer e parar de ficar batendo perna pelo mundo afora.
É uma decisão estranha, porque ninguém quer ficar parado, sem fazer nada. Pelo menos eu tenho essa dificuldade.
Por outro lado, fisicamente eu não controlo mais nada. Se ando um pouquinho já fico cansada e preciso sentar. Até mesmo pra fazer as coisas dentro de casa.
Não tá dando mais pra fazer yoga. Agora comecei a fazer massagem.
Sinto que minha missão daqui pra frente é me doar completamente para que Pedro e Valentina completem seu ciclo fetal e fiquem prontos pra vir ao mundo.
Acho que ser mãe, começa assim: se doando.

terça-feira, junho 7

Yoga para gestantes

Posso dizer que o livro “A matter of health” do médico e iogue Dr. Krishna Raman, foi um dos meus melhores investimentos.
Tudo o que pesquisei lá foi sempre muito rico em informação, tanto da área médica quanto das questões técnicas do Iyengar Yoga.
Estou terminando de traduzir (como não poderia deixar de ser) o capítulo “ The pregnant woman and yoga”.
Pra mim, pelo menos, esclarecimentos do porquê praticar um asana específico e não outro dão mais força e sentido para a prática, sem contar que me deixa mais segura.

Yoga aumenta o nível da consciência corporal. O resultado da gravidez pode, em grande medida, ser influenciado pela prática de asanas e pranayama antes da concepção (acho que eu sou prova disso), no decurso da gravidez e após o parto. Desta forma, o corpo e a mente permanecem atentos para responder melhor ao milagre do nascimento.
Para que a gravidez ocorra sem problemas, é basicamente necessário que os órgãos funcionem de forma saudável e que o corpo seja macio e flexível.
Os asanas são exercícios suaves por natureza e alimentam os tecidos da mãe e do bebê de uma maneira gentil. 
A ioga pode ser utilizada de forma terapêutica para aliviar os problemas associados a mãe e, pode até mesmo, manipular o bebê de uma forma metódica, ajudando a transformar o corpo no momento do parto...
A mulher deve praticar todos os dias para sustentar os benefícios, pois todos os asanas são projetados para o conforto da mãe e do bebê, mantendo um espaço uterino saudável.”

Seguem 3 asanas indicados, que são bem simples:






Upavistha Konasana: Deve  ser praticado quinze minutos, duas vezes ao dia, antes ou após a refeição. Use um travesseiro sob a pelve para facilitar a inclinação pélvica e o melhor relaxamento da musculatura do assoalho pélvico, bem como para relaxar os músculos do útero, que obtém alívio da carga constante do bebê. 











Badha Konasana: Alonga os músculos ao máximo, garantindo a elasticidade das paredes vaginais e do colo do útero que se estendem facilmente para acomodar o bebê.
 
 
 
 
 


Supta Badha Konasana: Dá um grande alívio para os músculos da parte inferior da parede abdominal anterior, cuja área, com a carga máxima do útero em posição ereta, está sujeita a constante peso e desconforto com o avanço da gravidez.Usamos um cinto ao redor da região sacro-lombar, passando pelas coxas e pés (que são puxados próximo a área genital). 





"Esses asanas pode ser iniciado em qualquer estágio da gravidez, mesmo por mulheres que nunca fizeram exercícios de yoga e continuaram sendo praticados durante toda a gravidez, até o parto."


Mais informações sobre yoga para gestante consultehttp://yogaparamamae.blogspot.com/

sexta-feira, maio 27

Ainda dá pra fazer...

                                                                     Sirshasana *

Minha médica não pode nem sonhar que eu faço sirshasana. Acho que ela ia ter um ataque do coração. rsrs
Essa variação com as pernas afastadas é a mais confortável pra mim. Mas, a permanência é bem curta e pra entrar preciso de ajuda, pois não consigo dar  nenhum impulsinho sem forçar o abdomen, que não é muito indicado.
Segue abaixo a postura da vela com a cadeira. Essa dá pra permanecer um pouco mais. Nela, consigo entrar sozinha, mas porque já tô bastante acostumada (como falei anteriormente). Daqui a pouco vou precisar de ajuda também porque está ficando mais difícil...


Agora na gestação passei a usar mais o "cavalo", aparelho abaixo, pra fazer as posturas de pé e também pra dar uma espreguiçada boa:

                                                             dá pra ficar horas assim...


 * sirshasana, assim como outras posturas invertidas, são indicadas somente para alunas avançadas.

quinta-feira, maio 19

Já não dá mais...


Pra fazer essa postura:

salamba sarvangasana (vela)

Pra dizer bem a verdade, ninguém gosta muito de fazer essas invertidas mais avançadas com gestantes.
Primeiro porque muitas gestantes começam a fazer yoga depois que engravidam, aí deleta mesmo.
Se a pessoa já praticava, tem familiaridade com esses asanas e está com uma gestação tranquila, acho que vale a pena continuar fazendo até quando der.
Na verdade, eu continuo fazendo essa postura só que com cadeira, que é muito mais confortável e dá pra fazer sozinha.
Eu a pratico desde antes de engravidar, pois ela faz parte de uma sequência chamada "Preparando o terreno" e continua fazendo parte de todas as sequências até o final da gestação.
Assim como a da foto, tenho que entrar com ajuda e ter um apoio no sacro (no caso o joelho da Mariza, rs)porque senão, sem chance.

Na fase "Preparando o terreno" do livro Iyengar Yoga for Motherhood  consta: "Concentrar-se nas posturas invertidas é absolutamente necessário para limpar o útero após a menstruação. Para isso, recomendamos posições côncavas e o trabalho com a ajuda de blocos, paredes e cordas. Isto ajuda a endireitar e alinhar a pelve e os órgãos internos."

sábado, maio 7

PARTO ATIVO



“Um parto ativo é simplesmente um modo conveniente de se descrever um trabalho de parto e um parto onde a parturiente se comporta seguindo seus próprios instintos e a lógica fisiológica de seu corpo...Caso alguma complicação inesperada aconteça, estará livre para fazer uso de toda tecnologia da obstetrícia moderna, sabendo que deu o melhor de si, sabendo que foi uma escolha sua e que a intervenção foi necessária.”

Ou seja: aquele em que a gente participa pra valer e não deixa os outros decidirem por nós. Ele começa com a nossa liberdade de escolha sobre onde fazê-lo, como fazê-lo e com quem (em casa, no hospital, num centro de parto, cesária, vaginal (de cócoras, andando, sentada), etc.
Faz parte também, entender o processo natural do parto, que no fundo é decidido pelo bebê, afinal de contas, essa é a (longa) jornada dele rumo a vida neste mundo. Você até pode agendar uma cesária, mas se ele quiser nascer antes, a gente não tem o que fazer a não ser seguir o fluxo...
Dependendo da posição na qual o bebê se encontra, o parto pode ser mais fácil ou não.
Um “trabalho de parto” começa quando os alvéolos pulmonares do bebê estão prontos para respirarem fora do corpo da mãe. Aí ele envia sinais ao nosso cérebro, precisamente ao hipotálamo, que manda ver oxitocina pra mãe.
Oxitocina é o “hormônio do parto”: ele o responsável pela tal da contração do útero.
Daí o útero começa a fazer sua parte que é ajudar o bebê “descer”.
Bom, aí entra a escolha da mãe: entrar nas medicações que diminuem a dor, bem como sua sensibilidade e percepção ou ver se o processo natural ocorre sem sofrimento pra ela e pro bebê.
Eu disse sem sofrimento! Porque sem dor, parece meio impossível. Pelo que eu entendi, a dor vai existir com maior ou menor intensidade no processo natural.
Na cesária, o negócio é pa-pum: num piscar de olhos, se faz um cortizinho, tira o bebê e pronto.
No processo natural, o bebê vai ter que malhar pra caramba e a mãe então, vishi!
Com a ajuda do movimento do útero ele começará a se empurrar para ultrapassar sua primeira barreira (o colo do útero), depois continuará em direção a abertura vaginal, sua segunda barreira, fazendo movimentos de rotação com sua a cabeça para se adequar as aberturas e ajudando na dilatação da região pélvica, mas precisamente da região sacral e pubiana.
E a mãe vai ter a oportunidade de por em prática absolutamente TUDO o que souber sobre respiração, relaxamento, foco, força, persistência... Não é mole não!


sexta-feira, abril 29

O passo do elefantinho...


23 semaninhas

Agora já é fato: onde eu for, minha barriga chega antes de mim. rs
No feriado passado fui dar uma caminhadinha no Ibira e tive que ficar ouvindo o Ma assobiar aquela música engraçadinha ("O passo do elefantinho") o tempo todo.
Pior que não dava nem pra discordar, porque eu não conseguia passar de 5km/h.
Também fomos assistir a palestra da autora do livro "Parto Ativo": a inglesa Janet Balaskas.
E sabe o que mais me impressionou? Como a gente é desinformada de uns detalhes tão importantes da gestação, do parto etc.
Estou preparando um resuminho da palestra para postar futuramente.

sábado, abril 23

Fogo da mente e os doshas

Finalizando as três manifestações de agni:
“Podemos determinar o estado do nosso fogo mental através do nível de acuidade de percepção, poder de raciocínio e habilidade em lidar com desafios emocionais. Você pode medir os seus sinais percebendo se seus sentidos são aguçados e se está contente e em paz consigo mesmo, então seu fogo mental está funcionando.”
Seguindo o pensamento ayurvédico, agni é o fator principal por trás do que usualmente é aplicado na medicina ayurvédica: o trabalho de equilíbrio dos doshas.
Os doshas são humores biológicos que representam os três elementos:
VATA (ar/que sopra): é a força prânica ou bioelétrica que vem seguido de agni. Governa todos os movimentos do corpo e da mente.
PITTA (fogo/que aquece): é a substância vital, o óleo combustível que mantém agni no corpo. Governa o metabolismo.
KAPHA (água/que matem unido): compõe os tecido no corpo e funciona como suporte para nosso fogo interno. Governa a nutrição, estrutura, lubrificação e afetividade.
Esses doshas compõem nosso corpo físico e cria características constitucionais individuais.
Em porcentagens diferentes todos nós temos um pouco dos três, mas somos consideradas “pessoas do dosha x”, o qual predomina a maior porcentagem.
Devido a influência de inúmeros fatores: alimentação, ambiente, estilo de vida e emoções (que são os mais potentes). nos distanciamos na nossa constituição original. Daí, a necessidade de reequilíbrio.
No dia em que fiz minha consulta ayurvédica meu dosha Pitta estava elevado, mas o Vata também. Então, fui considerada uma pessoa Pitta/vata equilibrada.
Agora, tenho certeza de que meu dosha Kapha deve ter se elevado, por conta da gravidez.
Segue abaixo as características gerais de cada dosha:

PITTA
Estatura mediana
Desenvolvimento muscular moderado
Olhos brilhantes, cinzas, verdes ou castanho-amarelado
Cabelos avermelhados, claros, macios, finos e lisos, branqueamento, queda
Pele levemente oleosa
Dentes pequenos, amarelados, gengivas sangrantes
Temperatura corpórea alta
Suor nas mãos e pés
Odor forte
Apetite, digestão e metabolismo fortes, comem e bebem muito
Grande quantidade de fezes e urinas
Sono de duração média
Inteligência, bom poder de compreensão, liderança
Comparação, competição, agressividade, perfeccionismo, ambição, disciplina
Metabolismo, assimilação

KAPHA
Corpo forte, saudável, bem desenvolvido
Digestão e metabolismo lentos
Muita vitalidade, saúde
Pele macia, lustrosa, hidratada
Olhos grandes, escuros, atraentes
Memória longa
Lubrificação, construção, lubrifica as articulações
Dentes grandes e fortes, brancos
Cabelos fortes, escuros, macios, ondulados, volumosos
Apetite e sede estáveis
Resistência, força
Crescimento celular
Estabilidade da mente
Paciência, calma, compaixão, generosidade, alegria


VATA
Leveza, músculos pouco desenvolvidos, magreza
Muito altos ou baixos
Veias e músculos proeminentes
Pele seca, pés e mãos frias
Movimentos do corpo
Rugas
Andar rápido
Apetite variável
Dificuldades digestivas
Má absorção de nutrientes
Olhos proeminentes
Cabelos secos, finos, ondulados
Juntas secas e barulhentas
Dentes irregulares e frágeis
Insônia
Mente rápida, flexibilidade mental, criatividade

quinta-feira, abril 7

Fogo do prana

Uma amiga minha indicou a matéria (do link abaixo) que fala sobre digestão. Saiu essa semana naquele novo programa matinal "Bem-estar". Acho que complementa o assunto anterior sobre o fogo digestivo.
http://glo.bo/eKXMUw

Segue um resuminho sobre a segunda forma de manifestação do Agni:

“Junto com o fogo digestivo, a Ayurveda reconhece o “fogo da vida” ou fogo do prana como a chave para a cura energética. Se nossa respiração é profunda e plena, calma e consistente, a nossa energia vital manterá a harmonia e o equilíbrio entre todo o nosso sistema biológico e as faculdades mentais.

Podemos diagnosticar esse fogo vital através da maneira como respiramos, do nosso nível de disposição, energia e resistência.
Se sua respiração acontece sem tosse e sem ser ofegante, se você tem boa circulação, boa força nas extremidades e boa resistência à doenças, então seu fogo vital está funcionando perfeitamente.”

sexta-feira, março 25

Agni, o fogo digestivo


O Ma não para de dizer que ultimamente tudo pra mim se resume em única palavra: comida.
E pior que é verdade, só penso nisso! rsrsrs
Aliás, eu já tinha mudado muita a minha alimentação com a prática de yoga.
E agora alimentando meu casalzinho, minha responsabilidade aumentou.
Diz a máxima que gente é o que a gente come. Mas, além disso, a gente precisa saber como e as vezes quando comer.
Porque senão um alimento considerado “saudável” não desce bem.
Sobre esse assunto, encontrei uma matéria de ayurveda, que saiu no “Cadernos de yoga” do ano passado, bem interessante.
Para a Ayurveda, a vida (ayur) é definida como agni, ou fogo.
Esse fogo se manifesta de três formas: fogo digestivo, fogo do prana e fogo da mente.
Falando sobre o primeiro:
“A medicina ayurvédica reconhece o fogo digestivo ou “fogo da barriga” como o fundamento da saúde física. Se o fogo digestivo se mantém aceso e consistente de uma maneira limpa, a saúde está garantida, nosso alimento é digerido apropriadamente, nossos tecidos e materiais excedentes são formados normalmente e há energia interna necessária para expulsar qualquer patógeno externo que venha a nos atacar.”
Através das condições do nosso apetite, digestão e eliminação é facilmente possível diagnosticar a quantas anda o nosso fogo digestivo.
Péssimo ficar acumulando “restos” dentro da gente. Tudo o entra, tem que sair!
Num livro de yoga pra gestante, que ainda não tem em português, tem umas dicas básicas de alimentação que eu acho que serve pra todo mundo.
Por exemplo, diz que alimentos como pimentão, berinjela, batata (que eu amo!!!), abobrinha entre outros, podem causar inchaço. Mas, se os prepararmos com condimentos que “aqueçam” o estômago tais como: gengibre, noz-moscada, pimenta do reino, cominho e ghee (manteiga indiana), é possível melhorar a digestão deles.
Simples né?
O problema é que, em alguns casos, temos uma questão cultural que não ajuda muito.
Outro dia na novela “O clone”, um dos marroquinos disse que não entendia porque os ocidentais tomavam bebidas geladas durante as refeições, ao invés de beber um chá quente. E ele se perguntou: “Será que eles não sabem que a bebida quente ajuda a digestão?”
Saber a gente até sabe, a questão é mudar o hábito.

quarta-feira, março 16

Minha barriguinha

18 semanas... faltam só 22!!!

Até um tempo atrás, eu passaria despercebida como gestante.
Aliás, cheguei a passar. Tanto que no mercado eu ia pra fila preferencial e todo mundo me olhava torto.
Aí eu começava a acariciar a barriguinha pra ficar claro o meu motivo.
Inclusive, eu andei observando que existe toda uma técnica (creio que natural) de passar a mão na barriga. Ela vem acompanhada de uma certa postura corporal e uma expressão facial bem específicas. rsrsrs E também tem um sentido de movimento. rs
É engraçado observar isso!
Bom, mas agora não preciso de técnica nenhuma, o barrigão já fala por si só.

terça-feira, março 15

Tô voltando

Gente, vida de gestante não é mole não!
Agora que já passei a fase (terrível) dos enjôos, tô criando uma nova rotina: aula de yoga pra gestante, aula de hidroginástica, caminhada, sonequinhas ao longo do dia. rsrsrs
Tá ficando bom o negócio!
Novo livro de cabeceira: Parto Ativo: tem uma fotos incríveis!!!!
Novas experiências na prática: a gente pode ser tão feliz na simplicidade...

domingo, fevereiro 20

Cisne Negro

Se você ama ballet, você tem que ver esse filme.
Se você odeia ballet, tem que ver mais ainda.

Esse filme está longe de ser mais um filme romantiquinho sobre dança.
Fiquei realmente surpresa com isso.
Ele trata da mente e da alma do artista de uma maneira tão visceral que chega a ser angustiante, aflitivo e ao mesmo tempo empolgante.
Nem sei se eu respirei durante as quase duas horas de duração.
E aquela atriz? O que que é aquilo? Que interpretação é aquela?
Ela nem é uma exímia bailarina, mas a expressão dela é perfeita, simplesmente perfeita.
E olha que eu nem gosto da Natalie Portman, mas tenho que tirar o chapéu.
Nem tenho dúvidas de que ele levará a estatueta esse ano. Tem que levar!
Vou torcer por ela!



http://www.youtube.com/watch?v=wHhjsGjxHvk

quarta-feira, fevereiro 9

A verdade

As vezes, eu fico pensando como eu vim parar no mundo do yoga. Eu me acho muito pé no chão, meio desconectada de umas "viagens" que existem por aí.
E agora com a gestação então... abre a porta que eu quero descer! rsrs
Bom, na Prana desce mês, li um texto chamado "Dar e receber a luz", que eu amei.
Até que enfim alguém fala da realidade, sem floreios e sem misticismos.
É um relato de um professora de yoga que fala sobre a sua gravidez, seu parto etc.
"Um parto faz o que o Yoga apenas tenta fazer - mostrar-nos o que somos no mais puro estado, todo nosso poder e vulnerabilidade simultaneamente. Ele expõe nossa fragilidade, evoca humildade e nos mostra que, mesmo que gostemos de pensar assim, não estamos no controle. Mesmo que planejemos tudo, ou nada, podemos ter certeza de que as coisas não acontecerão exatamente como esperamos."
Eu me lembro de quando uma amiga me disse que a gravidez mostraria como a gente não tem controle sobre nada, eu fiquei impressionada. Achei meio exagerado.
Mas, é isso mesmo, a verdade é esta: não controlamos nadica de nada!
Liberdade para as borboletas e para o poder das novas vidas.

quinta-feira, janeiro 27

Respirações

A gente sempre procura um jeito certo de fazer as coisas.

O problema é quando a gente acha que esse “certo” serve pra todas as situações.
Por exemplo: a respiração. Qual o jeito certo de respirar?
Se você for praticante de yoga vai dizer que é inspirar e expirar pelas narinas, expandindo e retraindo toda a caixa torácica.
Mas, essa respiração seria a mais adequada pra tudo?
Porque, pra nadar, por exemplo, você vai se afogar se respirar assim.
Se tiver correndo vai ter que começar a andar, porque não conseguir fazer a troca gasosa no tempo hábil que o esforço exige.
Se tiver fazendo uma aula de Pilates sem soltar o ar pela boca, a professora vai dizer que você não vai conseguir acionar a musculatura abdominal mais importante.
E assim vão os exemplos.

Isso tudo é só pra contar que eu ingressei num Coral e estou pastando pra fazer a respiração “certa” do canto.
Sem noção eu!
A primeira coisa que eu aprendi: “a respiração é a coisa mais importante para cantar. Se você respira direito você canta direito.”
Pensei comigo: respiração não é problema!
A professora até me deu um toque: “talvez você ache estranho porque essa respiração deve ser diferente da ioga.”
Eu ainda respondi que na ioga a gente faz todos os tipos de respiração.
Hã... A respiração até que é simples, pois é a respiração abdominal, que a gente faz na yoga mesmo, mas como exercício educativo.
Agora, coordenar com o canto é outra história.
As vezes dá aquela impressão de ter que escolher: é pra respirar ou pra cantar? rsrs
E ainda tem uns exercícios de respiração que eu tenho que deletar, porque eles ativam meus movimentos peristálticos (que já me dão problemas demais).
Mas, é muito divertido.
Daqui a pouco estarei afinadíssima para estrear um karaokê.
Sem ninguém precisar tapar os ouvidos, como já me aconteceu.



segunda-feira, janeiro 17

Tá difícil!

Gente, a gravidez está me deixando completamente loouuca. rsrs
Imagine você ter aversão a todo o que você mais gostava: chocolate, comer fora, yoga, blog, livros, tv.
Ás vezes até do marido, vê se pode... Logo agora que ele tá um docinho comigo!
Minha única preocupação é saber se vou ou não enjoar com a próxima refeição que fizer.
A minha obstetra disse que isso acontece por conta de uma coisa muito interessante: o meu organismo quer tirar 100% de proveito dos nutrientes dos alimentos para passar para os bebês.
Só que isso acontece as custas de um trabalho bem mais lento do sistema digestivo, que acaba causando esses desconfortos pra mim.
Sem contar que tudo o que o organismo julgar tóxico ele bota pra fora mesmo.
Ah! E os hormônios também tão "laceando" meus órgãos.
Os remedinhos que tenho tomado não tem adiantado nada.
Eu acho que nós, mulheres, deveríamos receber um manual de "fases complicadas da vida": menstruação, 1ª relação sexual, casamento no dia-a-dia, gestação, separação e menopausa.
Não sei se adiantaria muito, mas pelo menos haveria um preparo psicológico.
Por exemplo, todo mundo fala que quando a gente tem filho a nossa vida muda completamente.
Então, o que a gente espera? Que a mudança comece quando ele nascer.
Mas não! As coisas já mudam quando ele é um embriãozinho. Quando o seu olfato fica super aguçado e você começa a andar fedegosa pelo mundo afora porque enjoa com o cheiro do seu perfume e do seu desodorante.
É... não é mole não!

sábado, janeiro 8

"Além da Vida"




Estou achando a crítica muito dura em relação a esse novo filme do Clint Eastwood.

Eu gostei, achei bem delicado e até fugiu um pouco do que a gente tá acostumado a ver sobre esse tema. Não tem muitas “viagens”.
Mas, pra mim, o bom desse tipo de filme é a reflexão que ele instiga.
O Ma não acredita em vida após a morte e ele me perguntou (depois de assistir ao filme) porque as pessoas tem tanta vontade de falar com os mortos, se eles já se foram.
Eu disse que talvez fosse porque elas precisavam perdoar ou serem perdoadas, mas pra dizer a verdade também não entendo essa necessidade.
Para o budismo, assim como para o hinduísmo (onde a yoga baseia toda sua filosofia) a vida é eterna. Portanto, a morte não deveria ser uma preocupação porque ela é uma simples continuação da vida.
Existe uma necessidade real de se “trocar a carcaça”.
Por mais que consigamos manter a pele esticadinha, o cabelo pintado, o peito levantado etc, os órgãos vão envelhecendo, a memória vai falhando...
A gente pode até ficar “remarcando” a data de validade, mas um dia vence e aí ninguém pode fazer nada.
Eu oro todos os dias em memória aos meus entes falecidos e acho isso muito reconfortante.
Creio que é o melhor que posso fazer enquanto estou viva.

quarta-feira, janeiro 5

Voltei!!!

Feliz Ano Novo pra todos nós!!!
Esse ano, meu ano novo começou muuuito antes do dia 01 de janeiro.
Aliás, eu tive dois "anos-novos" não oficiais: o primeiro quando eu me decobri grávida e pensei comigo "vida nova nêga, agora tu vai ser mãe!"
O segundo, quando eu descobri que são gêmeos, aí eu falei pro Ma "tamos fritos!!!" rsrsrs
E a primeira coisa que me veio a cabeça foi um desejo que eu tinha quando mais nova, numa época em que eu mentalizava o futuro com muita convicção, ou como dizemos no budismo com itinen (determinação absoluta).
E todos sabemos que no momento em que decidimos uma coisa do fundo do coração 50% da sua concretização já está garantida.
Descobri com essa dupla gravidez, que isso pode demorar algum tempo, tempo suficiente até pra ser esquecido, mas se concretiza!
Portanto, a melhor coisa que tenho a desejar-lhes nesse ano novo é: desejem o que vocês quiserem e no momento dessa decisão, gravem-na no coração e no mais, siga em frente que atrás vem gente.
Feliz 2011!!!!