domingo, setembro 5

"A alma imoral"

Há tempos eu queria assistir ao monólogo "A alma imoral" com a atriz Clarice Niskier.
Pelo que eu tinha ouvido falar a peça era meio filosófica (também com esse título não é pra menos).
Ao assisti-la fiquei surpresa quando "descobri" que o texto é uma adaptação de um livro (de mesmo título) do rabino Nilton Bonder.
Tenho que admitir que pensei na hora “duvido que haja imparcialidade”.
Lógico que não houve e sei lá... não era pra ter.
Inclusive todo o livro é uma justificativa contemporânea para as leis judaicas.
Essa no fundo é minha única crítica da peça, que eu admito, ser meio preconceituosa.
Bom, a atriz é maravilhosa e o texto interessantíssimo.
Ah! E tem também as parábolas, elas são sempre muito boas.
Teve uma idéia, a qual eu não vou lembrar na íntegra o texto, que não ficou muito clara na minha cabeça se fala sobre insatisfação ou liberdade: "todo grande espaço ocupado pelo homem, um dia se torna estreito".
Abaixo, segue um trecho que até parece romântico, mas não se deixe enganar:
“Toda vez que um homem se apaixona por uma mulher, ele entra em contato com a sua própria alma. Já a mulher não precisa tanto assim do homem para entrar em contato consigo mesma porque ela já foi muito influenciada pela serpente.”
Valeu serpente!