sábado, maio 8

Centro de forças

Quando fiz minha pós graduação em ginástica corretiva aprendi que existiam formas de avaliação postural que iniciavam sua “correção" pelos pés e outras pela pelve (bacia).

Na época pra mim, fazia mais sentido iniciar pelos pés porque afinal de contas eles sustentavam o peso do nosso corpo, recebiam o impacto direto do solo e eu achava que acertando a pisada o resto acompanharia.
Ao longo das experiências e vivências, tive contato também com uma técnica corporal que tem como base de trabalho a região cervical (pescoço). Maluco né? Pois é, é a Técnica de Alexander.
Alexander era ator e depois que teve problemas com a voz, desenvolveu sua técnica. Que é fantástica!
Bom, acontece que há tempo atrás, depois que comecei a perceber as limitações de movimento dos meus quadris comecei a olhar para essa região com outros olhos e percebi que o buraco não era nem mais em cima, nem mais embaixo: era no meio.
E hoje, no curso de biomecânica tive uma explicação fisiológica disso:
Todas as forças que atuam no nosso corpo, seja da parte de cima  (tronco) ou da parte de baixo (pernas) passam por um ponto em comum: o osso sacro. Ele é o responsável por “distribuir” essas forças simetricamente.
o sacro é centralizado e tem uma forma meia
achatada, depois dele começa o cóccix, que é o que
restou do nosso "rabinho"


Isso quer dizer que, se essa região (do osso sacro e seus ligamentos) tiver qualquer probleminha, essa distribuição de forças ficará comprometida, fazendo com que surjam compensações (já que o corpo sempre dá um jeito para continuar se movimentando) e provavelmente desalinhamentos na coluna, nas pernas e... nos pés.