terça-feira, dezembro 7

A gente pode aprender com dor ou com amor

Eu nem pensava em voltar a esse assunto, mas depois de encontrar a frase acima, não teve jeito.

Eu nunca me conformei com as pessoas (like my husband) que acham que dor é normal.
Tipo “é só uma dorzinha de nada”.
Hã... dorzinha de nada hoje pode ser a cirurgia de amanhã.
Já o Maciel, o professor de biomecânica, dizia o contrário: “Não é pra doer!”
Primeiro, porque existe uma dor subclínica: a dor que não dói, mas que tá se instalando.
Quando aparece a dor que dói, é sinal que a gente bobeou.
Mas, nem tudo está perdido. Com muito amor, paciência e conhecimento é só descobrir a causa para tratá-la diretamente ao invés de ficar perdendo tempo tratando das compensações.
Abaixo segue uma fala do Feldenkrais quando viu um aluno que tinha dores nas costas parar e sentar durante um movimento:

“Então eu digo que se você o fizer apropriadamente suas costas melhorarão, desde que você não o faça como um exercício. Prossiga o mais devagar possível, descobrindo por que e onde você usa as costas de uma maneira inadequada...
Sua coluna lombar está doendo porque você é um homem de sorte. A dor está indicando que se você fizesse mais alguns movimentos inapropriados, poderia criar um horrível problema na sua coluna, de tal modo que você não poderia estender as pernas e sofreria de paralisia.
Somos construídos de tal forma que a dor aparece primeiro para nos dar um sinal.
Toda estrutura do cérebro, da medula espinhal e de toda a coluna é de tal maneira que os nervos sensoriais estão do lado de fora e a parte motora está dentro das vértebras.
Entre cada vértebra, as raízes motoras e sensoriais unem-se e formam o nervo.
A dor causa a inibição das raízes motoras impedindo você de fazer o movimento dolorido e com isto evitando a danificação da parte motora do nervo. Se fosse o inverso, você teria primeiro a paralisia e depois a dor.
A dor indica a maneira de melhorar, para que você possa eliminá-la para o resto da vida.”