sábado, janeiro 8

"Além da Vida"




Estou achando a crítica muito dura em relação a esse novo filme do Clint Eastwood.

Eu gostei, achei bem delicado e até fugiu um pouco do que a gente tá acostumado a ver sobre esse tema. Não tem muitas “viagens”.
Mas, pra mim, o bom desse tipo de filme é a reflexão que ele instiga.
O Ma não acredita em vida após a morte e ele me perguntou (depois de assistir ao filme) porque as pessoas tem tanta vontade de falar com os mortos, se eles já se foram.
Eu disse que talvez fosse porque elas precisavam perdoar ou serem perdoadas, mas pra dizer a verdade também não entendo essa necessidade.
Para o budismo, assim como para o hinduísmo (onde a yoga baseia toda sua filosofia) a vida é eterna. Portanto, a morte não deveria ser uma preocupação porque ela é uma simples continuação da vida.
Existe uma necessidade real de se “trocar a carcaça”.
Por mais que consigamos manter a pele esticadinha, o cabelo pintado, o peito levantado etc, os órgãos vão envelhecendo, a memória vai falhando...
A gente pode até ficar “remarcando” a data de validade, mas um dia vence e aí ninguém pode fazer nada.
Eu oro todos os dias em memória aos meus entes falecidos e acho isso muito reconfortante.
Creio que é o melhor que posso fazer enquanto estou viva.