segunda-feira, novembro 29

Relaxamento 2º Feldenkrais

"Consideremos a mandíbula. A maior parte das pessoas mantém a boca fechada quando não está falando, comendo ou fazendo alguma coisa com ela. O que é que mantém a mandíbula encostada contra o maxilar superior? Se o relaxamento, que hoje está tão na moda, fosse a condição correta, então a mandíbula deveria ficar livremente pendurada e a boca permaneceria bem aberta. Mas, este estado último de relaxamento só é encontrado em indivíduos que nasceram idiotas ou em casos de choques paralisantes.
É importante compreender como uma parte essencial do corpo, como a mandíbula, pode ficar no seu lugar, suportada por músculos que trabalham incessantemente, sempre que estamos acordados; no entanto, não temos a sensação de estar fazendo força alguma ao manter a nossa boca fechada.
A fim de deixar nossa mandíbula cair livremente, temos que aprender a inibir os músculos correspondentes. Se você tentar relaxar a mandíbula, até que pelo seu próprio peso ela abra a boca, você verá que não é fácil. Se bem sucedido, você poderá observar que há mudanças de expressão também na face e nos olhos. É bem provável que você descubra ao fim deste experimento, que sua mandíbula está habitualmente fechada com esforço excessivo.
Talvez você descubra também a origem dessa tensão excessiva. Observe o retorno da tensão depois que a mandíbula se relaxou e você descobrirá quão infinitamente pouco o homem conhece de seus próprios poderes e sobre si mesmo em geral.
Os resultados desta pequena experiência poderão ser importantes para uma pessoa razoável, mais importante até que cuidar de seus negócios, porque a sua habilidade em ganhar a vida poderá melhorar quando descobrir o que é que reduz a eficiência da maior parte de suas atividades."

sexta-feira, novembro 26

Quadril não é osso

Você acha que pelve, pélvis, bacia e quadril é tudo a mesma coisa?
Se sua resposta for sim, você realmente deve ler esse post. rsrsrs
Pra dizer a verdade, eu passei anos pensando que era tudo uma coisa só e dizendo pros meus alunos: “senta nos ossinhos do quadril”. rsrsrs


Tecnicamente falando:
Pelve, pélvis e bacia são sinônimos. É a região que divide nosso corpo em membros inferiores e tronco.
Ou seja, pelve é a uniãos ossos ilíacos (formado pelos ílios*, ísquios e púbis) com o sacro.

Pelve é realmente uma bacia!
Mas tem que desconsiderar o femur

Já o quadril não é um osso, é uma articulação: a articulação coxo-femural.
Ele é a região formada pelo“encaixe” da cabeça do fêmur (osso da coxa) no acetábulo (um buraco do osso pélvico) e possui ligamentos fortíssimos.


Quadril: região do encaixe e de grande mobilidade


Logo, os ísquios são ossinhos da bacia e não do quadril.
Saber isso pode não mudar em nada a vida de ninguém, agora sentar sobre eles sim.
Para quem vive a maior parte do dia no escritório, no carro ou mesmo em frente a TV, sentar sobre os ísquios é fundamental pra proteger a coluna e embelezar a postura.
Quando nos sentamos sobre os ísquios garantimos que a passagem de força da coluna para a pelve seja eficiente mantendo a pelve neutra e uma angulação perfeita do sacro.
O sacro bem angulado cria a 1ª curva da coluna (lordose lombar) e assim nos mantêm eretos sem comprimir as vértebras.



* onde ficam as espinhas e cristas ilíacas

quarta-feira, novembro 24

Minhas experiências

Dizem que o efeito/benefício do pranayama é meio “invisível” se comparado ao efeito dos asanas, que é bem perceptível e praticamente simultâneo.

Geralmente, são efeitos menos ligados a questões físicas e mais relacionados a parte emocional.
Depois do curso do Faeq, comecei meu desafio de praticar pranayama regularmente.
Ainda é cedo pra dar meu parecer, principalmente porque é muito difícil fazer pranayama, já tive que fazer várias alterações, principalmente de horário.
Mas, como participei de uma corrida domingo agora, posso dizer uma coisa que é fato: já senti o efeito.
Minha respiração nessa corrida foi tão diferente. Foi uma respiração econômica.
Fiquei com a nítida impressão de ter gastado somente o necessário pra manter meu ritmo, sem nenhum desperdício de energia.
E detalhe: eu corro faz tempo, mas por conta de uma lesãozinha no quadril eu tava sem treinar há uns 5 meses e eu tava pensando que duas coisas poderiam acontecer:
1- eu fazer toda a prova caminhando
2- chegar esbaforida e acabada no final
Imagine só... cheguei inteirona.
E também despida de modéstia. rs

terça-feira, novembro 23

Fotinhos

Que bom poder reencontrar pessoas queridas!



Fa, blogueira do minutoyoga

Renan quase me enforcando.









Clássica de fim de curso




segunda-feira, novembro 22

Siga o mestre

A relação entre um mestre e seu discípulo no budismo é chamada de “unicidade de mestre e discípulo”.

Eu adoro a palavra unicidade e acho que ela representa em profundidade o significado dessa relação.
Não creio que seja fácil entendê-la porque quem não tem um mestre pode achar que é algum tipo de veneração, confiança cega, idolatria etc.
Mas, não tem nada a ver com isso, pelo contrário: um bom discípulo não é uma pessoa submissa e obediente, é alguém que representa e supera o próprio mestre.
Porque no fundo ele é treinado pra isso.
Pelo menos, foi assim que eu aprendi.
Minha inspiração para esse assunto surgiu ontem no curso do Arun, quando ele falou sobre os direcionamentos que recebeu do seu guruji*.
A mesma coisa eu percebi com o Faeq.
Ambos têm um sentimento de gratidão e devoção ao Iyengar que é muito respeitável e admirável.
E daí tá explicado o porquê cada um tem um jeito tão diferente de ensinar a mesma coisa.
O Faeq comentou que o Iyengar o orientou a ensinar o máximo que ele soubesse no menor espaço de tempo, porque as pessoas vivem na correria e não tem muito tempo disponível.
Ele fala o tempo todo e com uma profundidade técnica que dá curto circuito no tico e teco.
Já o Arun foi orientado a falar menos e descer ao nível dos alunos, ou seja, explicar as coisas de uma maneira fácil de serem compreendidas.
Ele demonstra todas as posturas sem falar quase nada e a aula é um silêncio total, salvo algumas correções individuais.
Cada um do seu jeito segue cumprindo sua missão.

*guruji: forma carinhosa como eles chamam o Iyengar.

sexta-feira, novembro 19

Arun

Hoje começa a super semana de workshops com o professor Arun: um indiano baixinho e simpático, que se torna um gigante na sua prática.
Não porque ele executa os asanas com maestria (apesar disso também acontecer), mas porque ele pratica "like a baby", como ele mesmo costuma dizer. rs
Ou seja, sem preocupações, cobranças ou julgamentos.
Foi a partir do contato com o Arun que eu me toquei de duas coisas:
1- que a pratica pode (e muitas vezes deve) ser tranqüila e eficiente com menos exigência técnica;
2- e que eu poderia muito bem fazer o curso como aluna e não como professora, que precisa se lembrar de todas as ações, sequências, novidades, etc etc... essa neura toda.
Agora vou me preparar para um fim de semana com muita permanência em retroflexões: a especialidade do mestre.
Ah! O curso já tá lotado pra esse fim de semana, mas como ele ficará no Brasil até o dia 28/11, teremos de "bônus" novos horários de aulas e workshops.

Maiores informações:
http://www.yogadham.com.br/OBJ/prodView.asp?idproduct=85&P=workshop+arun+-+semana+especial+de+22+a+28/11/2010

quarta-feira, novembro 17

Nadis


Esse tema é uma continuação dos chakras.
Acho importante temos conhecimento desses movimentos sutis para começar a falar sobre pranayama.


"Nadis são tubos que carregam ar, água, sangue, nutrientes e outras substâncias pelo corpo. Eles são nossas artérias, veias, capilares, bronquíolos, etc.
No corpo sutil eles são os "canais" por onde se movimentam as energias cósmica, vital, seminal, bem como as sensações e a consciência.
Todos os nadis são originários de um dos dois centros: do kandasthana (um pouco abaixo do umbigo) ou do coração.
Embora os textos de yoga concordem sobre os pontos de origem, eles variam em torno de onde alguns deles acabam.
Na respiração, os nadis realizam dupla função: absorver a energia vital do ar e jogar fora as toxinas resultantes. O Shiva Samhita menciona 350 nadis, dos quais 14 são considerados os mais importantes. Dentre eles, existem 3 que são os mais vitais: sushumna, ida e pingala."*
Sushumna: sai dividido da raiz (muladhara chakra) e termina no topo da cabeça, a sede do fogo (agni), atravessando o centro da coluna. Características: iluminação, serenidade (sattva).

Ida: começa a esquerda de sushumna, terminando na narina esquerda. É feminino na energia prânica. Alimenta e purifica o corpo e a mente. Noite, lua, inércia (tamas), introspecção.

Pingala: começa a direita de sushumna, terminando na narina direita. É o transportador da energia solar, energia masculina, acrescentando vitalidade. Dia, sol, ação (rajas), extroversão.


*Light on pranayama

segunda-feira, novembro 8

Fotinhos

A festa de sábado foi uma delícia, a chuvinha ajudou a deixar o clima mais aconchegante.


Nova recepção                                                                                                     Fifi

                                                                                                
parede linda                                                                               nova sala

Sandro e eu

quinta-feira, novembro 4

Inauguração da Yoga Dham

A inauguração da escola será nesse sábado às 12h30.
Estarei por lá bem cedo, pois darei aula às 10h30.
Não vejo a hora de me pendurar naquelas cordinhas... rs
Segue o convite:


http://tr.entrega.whservidor.com/index.dma/DmaPreview?6968,6,1906,801a494a5d6b19ca56a28b65de2b78df

quarta-feira, novembro 3

Fumantes podem fazer pranayama?

Essa foi a pergunta feita para o profº Faeq no final da aula teórica sobre pranayama.
Não! Fumantes não devem fazer pranayama.

Desculpem os que acharão a resposta óbvia, mas eu fiquei chocada.

Eu até pensava que era bom.
E outra coisa: é importante não fumar 45 minutos antes da aula e nem 1 hora após a aula.
O Iyengar considera o pranayama um passo avançadíssimo na yoga, por isso o método toma tanto cuidado.
Existem muitos professores que nem se arriscam a ensinar.
E para esclarecer aos não praticantes: observar a respiração, respirar lentamente etc. não é pranayama.
Os pranayamas são exercícios bem específicos, que tem uma maneira específica e uma sequência específica de serem aprendidos e depois praticados.