terça-feira, dezembro 6

"Elaborando as experiências"



Ontem na aula, a professora comentou que havia lido uma entrevista feita a um psiquiatra na qual perguntaram o porquê, na opinião dele, as pessoas estavam tomando tanto anti depressivo, ansiolíticos e outros remédios desse tipo.
Ele respondeu que as pessoas andam sem tempo de elaborar suas experiências, não sabem se estão tristes ou alegres porque tem sempre que seguir em frente muito rapidamente, enfim não conseguem parar.
Aí o tempo vai passando nessa mesma situação e elas acabam precisando de ajuda.
Depois do nascimento dos bebês, a gente vive meio que anestesiada, ás vezes até com medo de sair de casa e tudo mais, bem nessa situação de não conseguir elaborar nada.
Por indicação da minha obstetra, cheguei a tomar por 2 meses, um tipo de anti-depressivo “fraquinho”, desses que não precisa nem de receita especial e cujo um dos efeitos colaterais era aumentar a produção de leite (coisa boa!).
A depressão pós-parto deve ser dureza e eu preferi nem arriscar.
Bom, nessa questão de “elaboração” acho que a yoga e o Feldenkrais são muito eficientes.
Uma pela questão da contemplação da respiração e a outra pela contemplação do movimento em si. 
E ambas, claro, pela consciência do todo, que ajudam a desenvolver.
Pra mim existem dois asanas chaves pra esse fim: tadasana (postura da montanha) e savasana (postura do morto).
E eu até incluiria balasana (postura da criança) e as posturas passivas, mas acho que nem precisa.


savasana



3 comentários:

  1. E acho também, Lu, que as pessoas não se permitem mais ficar tristes. Parece que não pode habitar esse estado que é natural do ser humano, assim como a felicidade. Queremos logo um antídoto, não conseguimos lidar com insatisfações de nenhuma ordem... Tem que estar todo mundo o tempo todo feliz, bem resolvido etc etc, e se não conseguir toma um remedinho que fica tudo bem...

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  2. Lu, eu incluiria aí na tua lista uns asanas de pé, pra dar uma fortalecida na base... Fá, concordo em gênero, número e grau com o que você disse.

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