Como eu não tinha objetivo em dar aula (porque não me sentia nem um pouco preparada pra isso) não me liguei muito no movimento, mas era clara a preocupação (dos profissionais sérios) com o grande boom de professores pouco qualificados que estavam surgindo e provavelmente comprometendo os ensinamentos.
Eu lembro que para se associar você tinha que ter um tempo mínimo como professor e de acordo com informações sobre sua formação e seu conhecimento filosófico você era aprovado ou não.
Pensei comigo: se um dia eu começar a ensinar, farei parte dessa aliança com certeza.
Bom, comecei a dar aula e um tempo depois iniciei o curso de formação em Iyengar Yoga e parei o Ashtanga.
Nesse meio tempo, em 2006, foi fundada a Associação Brasileira de Iyengar Yoga (ABIY):
“Somos um grupo de praticantes e professores de yoga seguindo os ensinamentos do mestre Iyengar, promovendo cursos, intercâmbios e formação qualificada, obedecendo rigorosamente os preceitos e regras do RIMYI*, bem como a promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais.”
Bonito né?
Naquela época, existiam 3 escolas oficiais de formação e cada uma atuava por conta própria.
No início, pelo menos da minha parte, vi na Associação uma ferramenta super útil pra união e fortalecimento dessas escolas, bem como para a criação de uma “mesma linguagem” de ensino.
Bom, a mesma linguagem de ensino com certeza foi criada, por conta do controverso exame de certificação.
Digo controverso porque, ao que me parece, é por causa dele, que muita gente quer distância da Associação.
Em relação ao primeiro item, esquece.
Duas dessas escolas ainda existem, mas não são mais consideradas “oficiais” e a outra fechou. Dois novos cursos de formação oficial foram criados.
Realmente nada é perfeito, mas a intenção era associar ou dissociar?
*RIMYI- Ramamani Iyengar Memorial Yoga Institute, escola do Iyengar em Pune –Índia.