sexta-feira, março 25

Agni, o fogo digestivo


O Ma não para de dizer que ultimamente tudo pra mim se resume em única palavra: comida.
E pior que é verdade, só penso nisso! rsrsrs
Aliás, eu já tinha mudado muita a minha alimentação com a prática de yoga.
E agora alimentando meu casalzinho, minha responsabilidade aumentou.
Diz a máxima que gente é o que a gente come. Mas, além disso, a gente precisa saber como e as vezes quando comer.
Porque senão um alimento considerado “saudável” não desce bem.
Sobre esse assunto, encontrei uma matéria de ayurveda, que saiu no “Cadernos de yoga” do ano passado, bem interessante.
Para a Ayurveda, a vida (ayur) é definida como agni, ou fogo.
Esse fogo se manifesta de três formas: fogo digestivo, fogo do prana e fogo da mente.
Falando sobre o primeiro:
“A medicina ayurvédica reconhece o fogo digestivo ou “fogo da barriga” como o fundamento da saúde física. Se o fogo digestivo se mantém aceso e consistente de uma maneira limpa, a saúde está garantida, nosso alimento é digerido apropriadamente, nossos tecidos e materiais excedentes são formados normalmente e há energia interna necessária para expulsar qualquer patógeno externo que venha a nos atacar.”
Através das condições do nosso apetite, digestão e eliminação é facilmente possível diagnosticar a quantas anda o nosso fogo digestivo.
Péssimo ficar acumulando “restos” dentro da gente. Tudo o entra, tem que sair!
Num livro de yoga pra gestante, que ainda não tem em português, tem umas dicas básicas de alimentação que eu acho que serve pra todo mundo.
Por exemplo, diz que alimentos como pimentão, berinjela, batata (que eu amo!!!), abobrinha entre outros, podem causar inchaço. Mas, se os prepararmos com condimentos que “aqueçam” o estômago tais como: gengibre, noz-moscada, pimenta do reino, cominho e ghee (manteiga indiana), é possível melhorar a digestão deles.
Simples né?
O problema é que, em alguns casos, temos uma questão cultural que não ajuda muito.
Outro dia na novela “O clone”, um dos marroquinos disse que não entendia porque os ocidentais tomavam bebidas geladas durante as refeições, ao invés de beber um chá quente. E ele se perguntou: “Será que eles não sabem que a bebida quente ajuda a digestão?”
Saber a gente até sabe, a questão é mudar o hábito.