Índia

Esse texto é um resumão dos textos escritos no blog durante minha estadia na Índia por ocasião do curso na Yog Ganga, escola do casal Rajiv e Swati Chanchani.


Fachada da escola

“Eu vim aqui fazer um curso de yoga”.
Essa frase era ouvida com muita estranheza pelos indianos que vivem longe das escolas de yoga (isso quer dizer, a maioria) e sempre vinha acompanhada de uma expressão do tipo “como assim?”
Yog significa praticar a devoção, seja aos Deuses, a Família, aos Costumes.
E isso eles aprendem desde que nascem, faz parte da vida, do dia-a-dia, o torna quem eles são.
Portanto, ninguém faz curso pra isso. A devoção é simplesmente praticada, vivenciada.


Entrada da escola

Depois que essa prática se propagou para o Ocidente, ela se tornou Yoga.
E retornou para o lugar de sua origem com novas interpretações.
Interpretações essas, muito criticadas pelo professor Rajiv.


Sala de aula

Na casa onde eu fiquei todo mundo procurava entender a posição do professor, mas nem por isso concordavam com tudo e ademais as discussões sobre as aulas e a troca de experiências eram muito construtivas.
Éramos em 8 pessoas de localidades diferentes: Brasil, França, Suíça, Índia, Holanda e Israel.


Galera de casa: Nathalie, Pavi, eu, Viral, Satiko, Sanne, Gil e Anat (ajoelhada)

Uma coisa que ficou clara pra mim é que os cursos de formação aqui no Brasil são muito bons.
Não deixam nada a desejar na questão filosófica e nem técnica.
Eu sou formada com o Sandro, a Satiko é formada com o Osnir, a Dani, a Márcia, a Marina e o Sun são formados com o Kalidas.
Eles fizeram a história do Iyengar Yoga no Brasil e são responsáveis por essa nova safra de professores (da qual faço parte).
Nesse curso fomos maioria na escola: dos 35 alunos, 6 eram brasileiros.

Brasileiros no curso

Hoje, depois de voltar pra casa, refletir, associar, disassociar e digerir as informações recebidas, ainda continuo achando que existe algo de contraditório nas interpretações sobre yoga-ocidente-oriente.
Mas, também vejo uma luz, pensando no comentário da professora Swati de que “ a linguagem hindu está diretamente relacionada a religiosidade hindu e por isso muitas palavras não tem tradução em inglês”.
Isso me fez pensar muito... até acrescentei mais um item às minhas convicções:

professora Swati: muito querida

1º Tenha fé nas suas crenças e não nas crenças alheias, senão você se perde.
2º Se você tem respostas satisfatórias para as questões primordiais da vida* você já tem sua definição de yoga.
3º Encontre suas próprias palavras!


quadro na sala de yoga
da escola de Purkal

E cá estou eu, achando as minhas próprias palavras e fazendo as minhas escolhas.



*questões primordiais: quem eu sou? o que faço aqui? porque não estou em outro lugar? pra onde vou? de onde venho?











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