quinta-feira, setembro 30

Primeiro chakra

                                                                Gesto da Mãe Terra

Muladhara é o nome do nosso primeiro chakra e já tenho que adiantar que é cheio dos mistérios.
Quando adormecido é ele que controla a energia sexual.
Aliás, no final desse post colocarei uma frase do Feldenkrais sobre o assunto.
Ele está localizado no períneo, entre a região do ânus e dos órgãos genitais.
É relacionado a fundação, fecundação, sobrevivência.
Seu elemento é Terra, o sentido predominante: olfato e a cor: vermelha.

Curiosidades:
1- na yoga nossa força vital é conhecida como Kundalini. Quando não despertada, ela é representada por uma serpente enrolada que fica com a boca voltada pra baixo, segurando a própria cauda. Por isso, o muladhara tem como símbolo um triângulo de cabeça pra baixo.
2- dizem que uma pessoa dominada por esse chakra dorme muito e de barriga pra baixo.
3- o excesso de vermelho (cor do chakra) pode causar excesso de agressividade, de atividade física, de trabalho e sexualidade descontrolada. Já sua falta pode causar estafa, desânimo, frigidez, falta de iniciativa e bruxismo.
????
O que será que bruxismo tem haver com a história?
Eu não sei, mas podem ter certeza que tem uma explicação.

Asanas clássicos desse chakra:
Na minha opinião, relacionar um chakra a uma postura específica é muito limitante.
De qualquer forma, acho que por uma questão didática, existem algumas mais indicadas que as outras.
Eu realmente não posso falar como muita propriedade.
Seguem os asanas:
posturas de pé
postura do bastão (dandasana)
cócoras (malasana)
lótus (padmasana)

“A maturidade sexual surge no final do período de desenvolvimento e por esse motivo é sua função mais vulnerável. Todas as conseqüências de hábitos inadequados e desaconselháveis formados pela experiência pessoal durante o período de crescimento anterior afetam essa função, marcando-a mais do que qualquer outra função que amadurece mais cedo... é impossível alguém corrigir e modificar adequadamente a maneira como usa o seu ser global sem recuperar a espontaneidade sexual... muitas pessoas não se consideram deficientes, mas sentem que não vivem plenamente, que a vida é uma obrigação vazia... vegetam num nível inferior de existência, do qual é impossível sair sem aprender o uso saudável do self que conduz a uma potência ativa, espontânea e completa. Mas, isso não pode ser alcançado sem que , ao mesmo tempo, a pessoa se torne um indivíduo ativo e evoluído.”
                                                 “O poder da autotransformação”


P.S.: O Feldenkrais foi um físico que se tornou professor de judô. Por conta disso, ele teve muita influência da cultura oriental no seu trabalho.
Outro dia no curso de formação, fiz uma lição relacionada ao Hara.
Para o judô, o hara representa a mesma coisa que a kundalini, para o yoga.

domingo, setembro 26

Mudrás


Fazendo o resumo do estudo dos chakras, comecei a pensar que foto iria escolher para simbolizar cada um deles.

Pensei no próprio símbolo de cada chakra, mas eles têm uma complexidade que foge a minha compreensão. Depois pensei no elemento correspondente, mas achei bobagem.
Aí pensei na cor correspondente, mas ficaria muito cromoterápico.
Então, por fim, escolhi postar a foto do “mudrá” correspondente.
Mudrá significa gesto feito com as mãos. Mas não um gesto qualquer, é um gesto com um peso simbólico muito forte.
Meu primeiro contato com os mudrás não foi na yoga, inclusive nem no Ashtanga, nem no Iyengar eles são usados, a não ser, obviamente, o namaskar (mãos em prece).
Foi quando eu fiz dança clássica indiana.
Imaginem que num dos estilos da dança você conta estórias com os gestos das mãos. É lindo!
E pensando bem, culturalmente, é muito significativo o uso das mãos como canal de comunicação.
Por exemplo, quando você pensar em orar. Qual a primeira coisa que fisicamente você fará? Dependendo da religião, talvez você se ajoelhe, ou sente e endireite as costas, mas aí depois, independente da religião todo mundo vai unir as mãos.
O cumprimento, lógico que dependendo do país, pode ser abaixar a cabeça, dar beijinho, mas como senso comum, todos usam o aperto de mãos.
E também existem aqueles gestos que pra nós são considerados “feios”, tipo mostrar o dedo do meio. De qualquer forma, continua tendo um peso simbólico, mesmo que negativo.
E se a gente pensar tem muitos outros, como o “paz e amor” mostrando o indicador e o polegar, “tudo jóia” com o polegar.
E quando se fala em chakras,  um mudrá tem a função de potencializar a força daquela roda.

P.S.: chakra significa literalmente roda, símbolo de movimento, que representa as alterações que ocorrem o tempo todo dentro de nós.

quinta-feira, setembro 23

Dance lentamente

“Alguma vez você já observou crianças num carrossel
ou a chuva batendo no chão?
Já seguiu o vôo errático de uma borboleta?
Ou fixou o olhar no crepúsculo?

É melhor você diminuir o passo.
Não dance tão depressa!
O tempo é curto.
A música vai acabar.

Quando você pergunta “Como vai?”
Você escuta a resposta?
Quando o dia finda você fica na cama com os próximos
afazeres rolando na sua cabeça?

É melhor você diminuir o passo.
Não dance tão depressa!
O tempo é curto.
A música vai acabar.

Você alguma vez disse a uma criança:
“Vamos deixar isso para amanhã?”
E na sua pressa não viu a tristeza dela?
Perdeu o contato, deixou uma boa amizade morrer
porque nunca teve tempo de ligar e dizer “Oi”?
É melhor você diminuir o passo.
Não dance tão depressa!
O tempo é curto.
A música vai acabar.

Quando você corre tão depressa
pra chegar a algum lugar,
você perde metade da satisfação de chegar lá.
Quando você se preocupa e se apressa
em seu dia todo é como se fosse um presente que
não foi aberto, um presente jogado fora.

A vida não é uma corrida...
Leve-a mais devagar.
Ouça a música antes que a canção se acabe.”




*autor desconhecido (pelo menos por mim)
Esse texto é um daqueles power point com lindas paisagens.
As vezes eu acho que paisagem demais tira um pouco da nossa imaginação.
Por isso, resolvi transformá-lo em poesia.

quarta-feira, setembro 22

Primavera

Estamos mudando de estação e como todos sabem, existe uma tradição iogue de saudar a nova estação, com 108 suryas.*
Eu já tinha comentado antes, quando falei do significado do número 108, que eu achava surya demais.
Não vou dizer que eu achava impossível, mas no mínimo muito difícil.
Porém, não me pergunte porque, pela primeira vez tive vontade de seguir a tradição.
E adorei!
Foi uma experiência inesperada, porque eu não botava a menor fé que eu chegaria até o final.
Mas, com o tempo começou a parecer uma coreografia de dança: de tanto você ensaiar, o corpo sai dançando sozinho.
Aconteceu a mesma coisa, no começo cada sequencia ia espreguiçando, alongando, aquecendo, "ensaiando" e depois não sei a partir de quando ia fazendo...sozinho.
Mas, como disse a Verinha, uma coisa é certa: "sem a respiração não dá."
E não dá mesmo e é incrível como a gente percebe como a respiração facilita as coisas e dá todo o suporte de resistência.
Agora que eu experimentei e gostei, já programei a próxima: 21 de dezembro, início do verão e coincidentemente meu aniversário.
Vou saudar a mim mesma!rsrsrs

* Surya Namaskar = Saudação ao Sol (uma sequência de posturas realizadas em sincronia com a respiração)

sexta-feira, setembro 17

CHAKRAS

Há um tempo atrás eu fiz um curso sobre chakras.
Esse era um assunto da yoga que eu achava que nunca iria entender direito (não que eu entenda hoje).
Ao contrário das aulas de hatha yoga tradicional que sempre associam os asanas aos chakras, nas aulas de Iyengar e até mesmo nos cursos, pouco se fala a respeito.
Mas, o engraçado é que quando você lê os livros do Iyengar, principalmente esse último “Luz na vida”, você consegue perceber que a prática (mesmo sem você ter consciência) sempre envolverá esses centros psíquicos.
Uma curiosidade, foi que nesse curso, eu descobri que os chakras podem ser abertos ou fechados.
Quando um chakra que deveria ser aberto está fechado, ele está desequilibrado. E vice-versa.
A gente pode equilibrar os chakras de várias maneiras: com asanas, com pranayama, mantras, cores, pedras, alimentação, florais de Bach, oração, mentalização, etc, etc.
Naturalmente, eu fiz uma associação direta e reta com a história do “corpo fechado” da umbanda, porque eu tinha um amigo, aliás dois, que tinham o corpo fechado e eles usavam um tipo de amuleto que os protegia.
Qualquer semelhança é mera coincidência!
Como esse assunto é muito abrangente eu vou seguir uma linha de raciocínio bem prática, mais para compartilhar as coisas que eu achei interessante.

terça-feira, setembro 14

Quem é saudável?

Quando eu me formei em educação física eu tinha pra mim que só trabalharia com pessoas completamente saudáveis, sem nenhum problema (físico) de saúde e que as pessoas com algum tipo de problema nunca iriam pra uma academia, iriam pra fisioterapia provavelmente.
É... isso faz mais de doze anos.
Naquela época, toda vez que aparecia alguém com alguma coisa fora do lugar, eu falava pra pessoa procurar um médico, fazer o tratamento e depois voltar pra ginástica.
Aos poucos, fui acompanhando o boom do fitness, onde a ginástica/musculação passou a ser o tal “tratamento” que eu falava para os alunos irem procurar.
Aí o bicho pegou!
Quando eu me toquei disso começou meu desespero, porque eu não tinha base alguma pra trabalhar com problemas de saúde, eu tinha me formado pra trabalhar com saúde.
Uma coisa era ficar decorando aquela baboseira de “fortalece aqui, alonga ali” nas aulas sobre patologia e outra era ter um aluno com hérnia de disco, outro com condromalácia e outro com bico de papagaio.
Por isso não durei nessa área, a minha ignorância não permitiu. Nem minha ética.
Sem falar na minha aversão desse “culto ao corpo” exagerado.
Foi por isso que iniciei minha peregrinação pelo mundo “wellness”*: comecei pelos cursos de alongamento e acabei na pós graduação em ginástica corretiva.
Mas, ainda haviam muitas perguntas sem respostas.
Nesse meio tempo apareceu a yoga e eu entrei de cabeça: achei minha praia e também mais perguntas.
Depois veio o Pilates e algumas respostas.
Com o Feldenkrais zerou tudo. Mudei completamente minha visão de movimento e descobri que eu não tinha respostas porque as perguntas eram erradas.
E esse ano apareceu esse curso de biomecânica da DOR. Vê se pode!?
Eu acho que nunca tinha pensado numa coisa dessas, estudar sobre a dor, aprender com a dor.
Literalmente aprender com a dor.
Com a minha e com a dos outros.
Essa é uma nova realidade: afinal, quem é saudável hoje em dia?




*wellness= bem estar

terça-feira, setembro 7

Acervo da Revista Veja

Gente, quanta modernidade nessa internet.
Recebi hoje a indicação desse site criado em comemoração aos 40 anos da Revista Veja.
Já experimentei e é bem legal!
No link "busca avançada" você digita o assunto de seu interesse e pronto.
Com o mouse dá pra "folhear" toda a revista.

http://veja.abril.com.br/acervodigital/

domingo, setembro 5

"A alma imoral"

Há tempos eu queria assistir ao monólogo "A alma imoral" com a atriz Clarice Niskier.
Pelo que eu tinha ouvido falar a peça era meio filosófica (também com esse título não é pra menos).
Ao assisti-la fiquei surpresa quando "descobri" que o texto é uma adaptação de um livro (de mesmo título) do rabino Nilton Bonder.
Tenho que admitir que pensei na hora “duvido que haja imparcialidade”.
Lógico que não houve e sei lá... não era pra ter.
Inclusive todo o livro é uma justificativa contemporânea para as leis judaicas.
Essa no fundo é minha única crítica da peça, que eu admito, ser meio preconceituosa.
Bom, a atriz é maravilhosa e o texto interessantíssimo.
Ah! E tem também as parábolas, elas são sempre muito boas.
Teve uma idéia, a qual eu não vou lembrar na íntegra o texto, que não ficou muito clara na minha cabeça se fala sobre insatisfação ou liberdade: "todo grande espaço ocupado pelo homem, um dia se torna estreito".
Abaixo, segue um trecho que até parece romântico, mas não se deixe enganar:
“Toda vez que um homem se apaixona por uma mulher, ele entra em contato com a sua própria alma. Já a mulher não precisa tanto assim do homem para entrar em contato consigo mesma porque ela já foi muito influenciada pela serpente.”
Valeu serpente!

quarta-feira, setembro 1

Educador Físico


A todos meus colegas de formação, parabéns pelo dia de hoje.
Não sei se vocês se lembram, que a um tempo atrás foi cogitado "tirar" a educação física do currículo escolar fundamental?
Fala sério!
Nem lembro de quem foi essa "sugestão" e nem qual foi a justificativa, de qualquer forma isso é injustificável.
A educação física é uma disciplina fundamental na idade escolar, o problema é que ninguém acredita nisso.
As vezes, nem o próprio profissional e aí, nesse caso, não há muito o que fazer.
Eu nunca trabalhei em escola, mas fiz os estágios obrigatórios e vi de tudo: do professor que tenta fazer milagre com uma bola e toda a sua criatividade até o outro que só aparece no final da aula pra fazer chamada.
E também tem o educador fisico das academias, clubes etc.
Essa foi minha área de atuação por muitos anos e acho que o reconhecimento é maior nesse ambiente de trabalho.
Só que tem um lado negativo também, lembrado pelo Dr. Gaiarsa (psicanalista famosíssimo super antenado em corpo-mente):
"Toda nossa formação na chamada Educação Física  é digna de trogloditas. Melhor se a denominação fosse Educação para Deformação Física.
Nossas regras nesta área são apenas duas: repita até não aguentar mais e faça sempre o impossível a fim de vencer - que é o essencial. Não importa como.
...O homem movido pelos dois anjos da guarda que o acompanham sempre que ele se refere ao corpo: o anjo mau da competição e o anjo mau da culpa, o faz castigar o corpo, mortificar-se, mesmo quando diz que o está cultivando. "
Parece um exagero, mas não é não.
E eu tenho muitos motivos, infelizmente, pra concordar com ele.

Timããão êh ôh!

Como boa corintiana, não poderia deixar passar em branco os 100 anos do Timão.
Ainda mais com a boa notícia de que iniciarão as obras do tão sonhado estádio corintiano.
E viva a Copa do Mundo! A grande máquina de fazer dinheiro (para poucos) e estádios (para  muitos).
O melhor mesmo foi a frase do célebre Ronaldo, o Fenômeno:
"Eu não poderia passar por essa existência sem vestir essa camisa. Sou o homem mais feliz do mundo."
Rsrsrs
Eu, no lugar dele, também seria...