sexta-feira, julho 30

Medos e músicas

Uma coisa difícil de fazer é admitir nossos medos.

Eu, por exemplo, tenho um medo enorme e absurdo de água que “não dá pé”.
Se meu pé toca no fundo da piscina ou do mar eu posso ficar o dia inteiro dentro da água, do contrário não molho nem o dedão.
É uma sensação estranha de fragilidade e pequenice.
E outro dia, ouvindo uma música que eu adoro, que fala justamente sobre a fragilidade humana, me dei conta de uma parte da letra que tem uma metáfora muito familiar:

“...Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu


Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu
Calma...”

Imaginem a minha interpretação sobre “não damos pé entre tanto big bang”...
E aproveitando o gancho, tem outra música super conhecida que tem um trecho muito familiar também:

“Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...”

Sorte de quem consegue seguir no ritmo de uma valsa, indo na contramão de todo o resto do mundo que tá mais pra um quickstep.
Segue as lindas canções:
Zélia Duncan e Simone:  http://www.youtube.com/watch?v=qnNCjtvAe7c
Lenine: http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w

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