segunda-feira, maio 18

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Esse ano realmente está sendo muito especial pra mim.
O mês passado tive uma experiência muito transformadora que dividiu minha prática em duas partes: antes e depois desse curso da Corine em abril de 2015.
Por meio de uma experiência pessoal muito dolorida, não fisicamente, mas emocionalmente, descobri como um asana pode chegar no  esconderijo secreto das nossas emoções suprimidas.
Naquele lugar onde guardamos o que não conseguimos resolver/diluir: frustações, traumas, angústias, fracassos.
Esse lugar, que bem deveria ficar no fundo da nossa memória esquecida, ao longo do tempo quer vir a tona e no corpo físico ele aparece, como um ponto de dor, rigidez, depende de cada um.
Aprofundar-se na prática de Iyengar yoga requer muita coragem, porque a gente sabe que essa emoção, memória ou sentimento exigirá uma solução, uma transformação.
Um professor experiente, com uma visão mais ampla da yoga e da vida, nos faz perceber como a nossa prática pode ser um acesso a esse mundo subjetivo.
Mas, não espere que isso aconteça com uma conversa, uma massagem, um carinho, um tapinha nos ombros.
Esquece! O caminho é outro, é o caminho de tapas.*
Então, as vezes a gente pode se sentir muito torto e achar que não tem jeito. Ou se achar incapaz , ou duro demais, ou frágil demais ou pior de tudo, se achar perfeito demais.
Tudo isso são desculpas que a gente  dá para se poupar e evitar esse confronto, que é inevitável!

Essa foi minha descoberta, com muito suor e lágrimas. 
E eu sei que isso foi só o começo...
Namastê!


* tapas: geralmente traduzido como austeridade, mas seu significado é bem mais expresso como desejo ardente. É um desejo ardente de purificar cada célula de nosso corpo e cada célula de nossos sentidos, para que estes e o corpo possam se tornar sadios, sem deixar qualquer espaço para que impurezas entrem em nosso sistema.
Arvore do ioga, pág. 91