quinta-feira, janeiro 27

Respirações

A gente sempre procura um jeito certo de fazer as coisas.

O problema é quando a gente acha que esse “certo” serve pra todas as situações.
Por exemplo: a respiração. Qual o jeito certo de respirar?
Se você for praticante de yoga vai dizer que é inspirar e expirar pelas narinas, expandindo e retraindo toda a caixa torácica.
Mas, essa respiração seria a mais adequada pra tudo?
Porque, pra nadar, por exemplo, você vai se afogar se respirar assim.
Se tiver correndo vai ter que começar a andar, porque não conseguir fazer a troca gasosa no tempo hábil que o esforço exige.
Se tiver fazendo uma aula de Pilates sem soltar o ar pela boca, a professora vai dizer que você não vai conseguir acionar a musculatura abdominal mais importante.
E assim vão os exemplos.

Isso tudo é só pra contar que eu ingressei num Coral e estou pastando pra fazer a respiração “certa” do canto.
Sem noção eu!
A primeira coisa que eu aprendi: “a respiração é a coisa mais importante para cantar. Se você respira direito você canta direito.”
Pensei comigo: respiração não é problema!
A professora até me deu um toque: “talvez você ache estranho porque essa respiração deve ser diferente da ioga.”
Eu ainda respondi que na ioga a gente faz todos os tipos de respiração.
Hã... A respiração até que é simples, pois é a respiração abdominal, que a gente faz na yoga mesmo, mas como exercício educativo.
Agora, coordenar com o canto é outra história.
As vezes dá aquela impressão de ter que escolher: é pra respirar ou pra cantar? rsrs
E ainda tem uns exercícios de respiração que eu tenho que deletar, porque eles ativam meus movimentos peristálticos (que já me dão problemas demais).
Mas, é muito divertido.
Daqui a pouco estarei afinadíssima para estrear um karaokê.
Sem ninguém precisar tapar os ouvidos, como já me aconteceu.



segunda-feira, janeiro 17

Tá difícil!

Gente, a gravidez está me deixando completamente loouuca. rsrs
Imagine você ter aversão a todo o que você mais gostava: chocolate, comer fora, yoga, blog, livros, tv.
Ás vezes até do marido, vê se pode... Logo agora que ele tá um docinho comigo!
Minha única preocupação é saber se vou ou não enjoar com a próxima refeição que fizer.
A minha obstetra disse que isso acontece por conta de uma coisa muito interessante: o meu organismo quer tirar 100% de proveito dos nutrientes dos alimentos para passar para os bebês.
Só que isso acontece as custas de um trabalho bem mais lento do sistema digestivo, que acaba causando esses desconfortos pra mim.
Sem contar que tudo o que o organismo julgar tóxico ele bota pra fora mesmo.
Ah! E os hormônios também tão "laceando" meus órgãos.
Os remedinhos que tenho tomado não tem adiantado nada.
Eu acho que nós, mulheres, deveríamos receber um manual de "fases complicadas da vida": menstruação, 1ª relação sexual, casamento no dia-a-dia, gestação, separação e menopausa.
Não sei se adiantaria muito, mas pelo menos haveria um preparo psicológico.
Por exemplo, todo mundo fala que quando a gente tem filho a nossa vida muda completamente.
Então, o que a gente espera? Que a mudança comece quando ele nascer.
Mas não! As coisas já mudam quando ele é um embriãozinho. Quando o seu olfato fica super aguçado e você começa a andar fedegosa pelo mundo afora porque enjoa com o cheiro do seu perfume e do seu desodorante.
É... não é mole não!

sábado, janeiro 8

"Além da Vida"




Estou achando a crítica muito dura em relação a esse novo filme do Clint Eastwood.

Eu gostei, achei bem delicado e até fugiu um pouco do que a gente tá acostumado a ver sobre esse tema. Não tem muitas “viagens”.
Mas, pra mim, o bom desse tipo de filme é a reflexão que ele instiga.
O Ma não acredita em vida após a morte e ele me perguntou (depois de assistir ao filme) porque as pessoas tem tanta vontade de falar com os mortos, se eles já se foram.
Eu disse que talvez fosse porque elas precisavam perdoar ou serem perdoadas, mas pra dizer a verdade também não entendo essa necessidade.
Para o budismo, assim como para o hinduísmo (onde a yoga baseia toda sua filosofia) a vida é eterna. Portanto, a morte não deveria ser uma preocupação porque ela é uma simples continuação da vida.
Existe uma necessidade real de se “trocar a carcaça”.
Por mais que consigamos manter a pele esticadinha, o cabelo pintado, o peito levantado etc, os órgãos vão envelhecendo, a memória vai falhando...
A gente pode até ficar “remarcando” a data de validade, mas um dia vence e aí ninguém pode fazer nada.
Eu oro todos os dias em memória aos meus entes falecidos e acho isso muito reconfortante.
Creio que é o melhor que posso fazer enquanto estou viva.

quarta-feira, janeiro 5

Voltei!!!

Feliz Ano Novo pra todos nós!!!
Esse ano, meu ano novo começou muuuito antes do dia 01 de janeiro.
Aliás, eu tive dois "anos-novos" não oficiais: o primeiro quando eu me decobri grávida e pensei comigo "vida nova nêga, agora tu vai ser mãe!"
O segundo, quando eu descobri que são gêmeos, aí eu falei pro Ma "tamos fritos!!!" rsrsrs
E a primeira coisa que me veio a cabeça foi um desejo que eu tinha quando mais nova, numa época em que eu mentalizava o futuro com muita convicção, ou como dizemos no budismo com itinen (determinação absoluta).
E todos sabemos que no momento em que decidimos uma coisa do fundo do coração 50% da sua concretização já está garantida.
Descobri com essa dupla gravidez, que isso pode demorar algum tempo, tempo suficiente até pra ser esquecido, mas se concretiza!
Portanto, a melhor coisa que tenho a desejar-lhes nesse ano novo é: desejem o que vocês quiserem e no momento dessa decisão, gravem-na no coração e no mais, siga em frente que atrás vem gente.
Feliz 2011!!!!